Em 2003 o CNE – Corpo Nacional de Escutas abriu na Drave a sua base Nacional da IV, um centro escutista para caminheiros, depois de em 1992 ter realizado a atividade ‘Rumos da Consciência’, em 1993 os ‘Rumos do Homem Novo’ e em 2001 o ‘Rover 2001’, atividade na qual se começou a reconstrução da aldeia.
A BNIV começou por ser um sonho de alguns escuteiros da Região do Porto que após a realização da atividade para Caminheiros “Rumos do Homem Novo” (1 e 2) e da atividade para Dirigentes “Novos Rumos”, tiveram a ideia de criar um Centro Escutista na Drave dedicado à espiritualidade, desde aí após muitos percursos, caminhos, Rover, Trilhos, caminhadas e pegadas de cada um (já de todo o país) se transformou na ideia de criar a Base Nacional da IV.
Ao longo dos anos o projeto foi crescendo e sendo enriquecido por uma Equipa de Gestão à qual se deve grande parte do que é hoje, como Rover Scout Centre, com forte componente ambiental e espiritual. Este centro é já uma referência mundial, pertencendo às redes SCENES – Scout Centres of Excellence for Nature and Environmente) e GOOSE.
É também um centro escutista de excelência, distinção feita pelo CNE aos centros que cumprem certos requisitos em termos de infraestruturas e programas pedagógicos.
O DRSC não é a Drave, é apenas parte da Drave, é um conjunto de casas e terrenos dos quais o CNE é proprietário.
O Drave Rover Scout Centre (DRSC) é o espaço privilegiado para os Rovers – escuteiros na faixa etária correspondente aos caminheiros do CNE. Um centro escutista, obviamente, diferente, não só pelos objetivos, mas também pelas condições logísticas.
O isolamento e a necessária convivência com os outros proprietários implicam uma grande responsabilidade individual de quem lá vai realizar atividades.
Como anunciar a Boa Nova a uma geração satisfeita? Por onde começar? Como ultrapassar a carapaça construída em torno de cada um pela sociedade da abundância? De facto, o espírito deste tempo, caracterizado como hedonista, materialista, individualista, subjetivista, imediatista, consumista … está de tal modo arreigado na filosofia de vida dos jovens de hoje, que o grande desafio pastoral é o de descobrir um ponto de partida a que eles sejam sensíveis e um caminho significativo para eles.
É este ponto de partida que Drave pode significar. A rudeza das condições, a precariedade do equilíbrio ecológico, a beleza da natureza, o isolamento, a relação com populações com diferentes valores culturais.
A Drave, como Centro Escutista vocacionado para esta etapa do escutismo, deveria significar um local de encontro dos caminheiros, de preparação de atividades, de valorização pessoal, de troca de ideias e opiniões, de formação, de reflexão.
“Em Igreja, entendemos este Centro como uma resposta ao desafio da nova evangelização lançada pelo Papa João Paulo II. Sendo que Jesus Cristo – o Homem Novo – e o Seu Evangelho constituem as referências fundamentais da proposta espiritual a fazer a quantos, pela porta da educação ambiental, pretendam pôr em causa os valores e os critérios da sociedade dos nossos dias, alinhando na aventura de redescobrir um sentido novo para a vida.”