Os Martins da Drave

Drave foi berço da família Martins, os Martins da Drave, ma família muito numerosa e de origem longínqua, tendo o padre João Nepomuceno de Almeida Martins, tomado a iniciativa de realizar neste local em 1946, a primeira reunião familiar, que trouxe até aqui mais de 500 parentes, desde então esta reunião tem-se vindo a realizar de 2 em 2 anos, tendo já sido publicada a monografia da família. 

A árvore genealógica desta família remonta a Francisco Martins I (séc.: XVIII) do qual pouco se sabe. Não se tem conhecimento de gerações anteriores a este, embora se conheçam muitos Martins que se dizem descendentes da Drave mas não se conseguem entroncar na grande árvore genealógica destra família.

Sobre Francisco Martins II, sabe-se que teve dez filhos e todos casaram em casas relativamente abastadas. Morreu há mais de 150 anos no solar da família (Solar dos Martins) e foi ele, juntamente com outros muito mais antigos e que se desconhecem, que ajudou a construir grande parte da aldeia.

Naturalmente que a povoação não se reduzia à família dos Martins; apesar de esta ser dominante, muitas pessoas foram atraídas para o lugar. Esta atração deveu-se essencialmente à existência de minas nas proximidades da Drave, à possibilidade de adquirirem terras e criarem gado. Outras pessoas para a Drave foram devido ao casamento. Assim, o lugar foi crescendo, as casas foram aumentando, as terras conquistadas de modo a serem cultivadas, os rebanhos aumentavam, etc. 

Por aqui passou um povo que foi agricultor, pastor e mineiro. Mas com o passar do tempo e o declínio das minas, o lugar foi-se despovoando. É a procura de uma vida melhor, casas com mais conforto, melhores acessos, melhores condições económicas, entre outros motivos para tal. Estas gentes, nomeadamente os Martins, foram-se espalhando por toda a parte: S. Pedro do Sul, Vouzela, Oliveira de Frades, Arouca, Castro D’Aire, Viseu, Tondela, Porto, Lisboa, Águeda, Bragança, África, Brasil, migração de tal forma que no início da década de 90 apenas se encontravam quatro habitantes na aldeia, divididos em dois casais. Um desses casais, o Sr. António e a D.ª Albertina, partiu em 91 e ficaram na aldeia o S. Joaquim e a D. Aninhas. Esta faleceu em 1999, forçando o Sr. Joaquim a viver em Regoufe onde faleceu nos inícios de 2005. 

Todos os anos os Martins reúnem-se na Drave no dia 15 de agosto na festa do lugar, em nome da Nossa Senhora da Saúde.