A aldeia é muito isolada e sem traços de modernidade: não é acessível de carro, e a aldeia mais próxima, Regoufe, fica a 4 quilómetros. Não tem eletricidade, água canalizada, saneamento, gás, correio, telefone e a rede de telemóvel é escassa. Também não há lojas, logo o dinheiro não tem utilidade, nem relógios na aldeia.
Drave encontra-se no centro da formação montanhosa outrora conhecida por monte Fuste, que divide as bacias hidrográficas, do Douro e Vouga, e é delimitada a norte pelo rio Arda, a este pelo rio Sul, a sul pelo rio Vouga e a oeste pelo rio Paiva. As escarpas abruptas mostram à superfície blocos de granito ou xisto característicos da zona.
O lugar da Drave está implantado a cerca de 600 metros de altitude num vale encaixado, cercado por altas montanhas que o ensombram durante o inverno. Na envolvente as encostas mais suaves destacam-se pelo uso agrícola em socalcos, enquanto as encostas declivosas são ocupadas por um manto vegetal contínuo, dominado por espécies arbustivas e herbáceas rasteiras. Nesta paisagem única, a terra é fértil devido aos rios e ribeiras que descem as encostas. Em Drave o rio de Palhais corre do lado norte, o Ribeirinho e o ribeiro da Bouça percorrem o lado este e sul respetivamente, confluindo no fundo da povoação formando o rio da Drave, que se desenvolve num percurso de 5 km até encontrar o rio Paivó, um dos afluentes do rio Paiva. Nesta região o povoamento do vale, junto aos rios, é disperso e os núcleos estão quase desertificados.